Foto de 3 de maio de 2024 mostra alpinistas no Monte Everest, Nepal
Tsering Pemba Sherpa
Foto de 3 de maio de 2024 mostra alpinistas no Monte Everest, Nepal
Tsering Pemba Sherpa

A nepalesa Phunjo Lama alcançou nesta quinta-feira (23) o topo do Monte Everest em 14 horas e 31 minutos, superando com folga o recorde mundial feminino anterior de escalada mais rápida da maior montanha do mundo.

Os alpinistas costumam demorar dias para chegar ao topo da montanha, a 8.849 metros acima do nível do mar, passando noites em vários acampamentos para descansar e para aclimatação.

Lama, no entanto, reduziu o recorde anterior, estabelecido em 2021, em mais de 11 horas.

"Ela partiu (do campo base) às 15H52 de 22 de maio e chegou ao cume às 6H23 de 23 de maio", declarou à AFP Khim Lal Gautam, diretor da agência de turismo no campo base.

Em 2018, Phunjo havia estabelecido um recorde ao escalar a montanha em 39 horas e 6 minutos, mas em 2021 a marca foi superada pela alpinista Ada Tsang Yin-hung, de Hong Kong, que chegou ao topo do Everest em 25 horas e 50 minutos.

O nepalês Lhakpa Gelu Sherpa detém o recorde masculino de escalada mais rápida do Everest, 10 horas e 56 minutos, estabelecido em 2003.

- Inspiração -

Lama também é guia de montanha e socorrista, um emprego que implica trabalhar pendurada em uma corda para ajudar a resgatar alpinistas feridos quando o terreno é muito perigoso para o pouso dos helicópteros.

A nepalesa já escalou algumas das maiores montanhas do mundo, incluindo a Manaslu e a Cho Oyu, no Himalaia.

"Ela é muito corajosa e determinada. Treinou muito duro para chegar ao topo", disse a colega Maya Sherpa.

"O recorde é uma inspiração para outras alpinistas nepalesas", acrescentou.

O recorde de Lama coincide com o anúncio da morte de um alpinista queniano perto do topo do Everest. Seu guia nepalês está desaparecido.

Um alpinista britânico e seu guia nepalês também estão desaparecidos desde terça-feira, quando uma parede de gelo desabou no momento em que eles desciam do cume.

Além disso, um alpinista romeno morreu na segunda-feira em sua barraca no meio da expedição que pretendia chegar ao topo da Lhotse, a quarta maior montanha do mundo, que compartilha parte da rota de ascensão com o Everest.

O Nepal concedeu mais de 900 permissões de escalada em suas montanhas este ano, incluindo 419 para o Everest, o que representa uma receita de cinco milhões de dólares para o país.

Mais de 500 alpinistas e seus guias já alcançaram o cume do Everest este ano, depois que uma equipe fez a primeira escalada da temporada e fixou as cordas até o topo no mês passado.

O Nepal tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, o que atrai centenas de aventureiros a cada primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), quando a temperatura é mais suave e os ventos são menos violentos.

No ano passado, mais de 600 alpinistas chegaram ao cume do Everest, temporada marcada pelo recorde macabro de 18 mortes durante as tentativas.

    AFP

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