Björn Höcke, líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) no estado federal da Turíngia, durante seu julgamento por usar um slogan nazista, em Halle, em 14 de maio de 2024
Ronny HARTMANN
Björn Höcke, líder do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) no estado federal da Turíngia, durante seu julgamento por usar um slogan nazista, em Halle, em 14 de maio de 2024
Ronny Hartmann

A justiça alemã condenou, nesta terça-feira (14), Björn Höcke, um dos políticos mais radicais do partido de extrema-direita alemão AfD, a uma multa de 13 mil euros (R$ 72,1 mil), que foi julgado por usar um lema nazista durante um evento eleitoral.

Höcke proferiu o slogan "Alles für Deutschland" ("Todos pela Alemanha") em um comício em 2021, motivo pelo qual a acusação pediu seis meses de prisão com suspensão condicional da pena (sursis).

"Todos pela Alemanha" foi o lema usado pelas SA, a formação paramilitar do partido nazista que desempenhou um papel fundamental na ascensão de Adolf Hitler ao poder.

Na Alemanha, é ilegal pronunciar este slogan, bem como realizar a saudação nazista ou exibir outros símbolos desta ideologia.

Höcke, um ex-professor de história de 52 anos e líder da AfD na região da Turíngia (centro), diz que não sabia que a frase era um slogan nazista, mas os promotores argumentaram que ele usou essas palavras com pleno conhecimento de "suas origens e de seu significado".

O partido alemão de extrema-direita foi atingido por vários escândalos que estão reduzindo sua popularidade antes das eleições europeias de 9 de junho.

Fundado em 2013, a sigla populista e anti-imigração teve o vento a seu favor nas pesquisas até ao início do ano e esperava triunfar no pleito europeu, bem como em três eleições regionais em setembro no leste do país, região considerada sua fortaleza.

Veículos de imprensa revelaram em janeiro que alguns membros do AfD participaram de uma reunião na qual se discutiu a expulsão em massa de estrangeiros ou de pessoas de origem estrangeira, o que causou comoção entre a população.

No mês passado, a justiça alemã anunciou que abriu uma investigação sobre suspeitas de financiamento russo e chinês a favor do eurodeputado Maximilian Krah, cabeça da lista da partido de extrema-direita para as eleições europeias.

Além disso, um dos seus assistentes no Parlamento Europeu foi preso, acusado de ser um agente chinês.

    AFP

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