O candidato do partido de extrema-direita alemão AfD nas eleições europeias, Maximilian Krah, em um evento de campanha em Dresden, em 1º de maio de 2024
JENS SCHLUETER
O candidato do partido de extrema-direita alemão AfD nas eleições europeias, Maximilian Krah, em um evento de campanha em Dresden, em 1º de maio de 2024
JENS SCHLUETER

Várias empresas alemãs, incluindo algumas das mais importantes do país, anunciaram nesta terça-feira (7) uma "aliança" para uma campanha contra a extrema direita, um mês antes das eleições europeias.

"Trinta empresas alemãs unidas em uma aliança pela diversidade, abertura e tolerância", afirmam em um artigo, assinado por grupos influentes, como BASF, BMW, Siemens, Deutsche Bank, assim como por empresas menores.

A iniciativa pretende promover uma "campanha" nas redes sociais para que seus "1,7 milhão de funcionários enfatizem a importância da unidade europeia para a prosperidade, o crescimento e o emprego".

"A exclusão, o extremismo e o populismo são ameaças à atratividade da Alemanha e para nossa prosperidade", afirma o texto, que tem o título "We stand for value" (Nós defendemos valores).

A iniciativa, rara no setor econômico alemão, acontece no momento em que as pesquisas apontam que o partido de extrema direita AfD receberá cerca de 15% dos votos nas eleições europeias de junho, o que o deixará em segundo lugar, atrás apenas dos conservadores.

Os números provocam preocupação, em particular depois que o partido se envolveu em vários escândalos nos últimos meses.

No início do ano, a indignação aumentou contra o partido depois da divulgação de que reuniões com integrantes da legenda discutiram um projeto de expulsão em larga escala de pessoas de origem estrangeira.

"O isolacionismo, o extremismo e a xenofobia são um veneno para as exportações da Alemanha e para os empregos", destacou Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, que é parte da aliança, no texto.

A Alemanha, que já enfrenta uma escassez considerável de mão de obra, teme que, em caso de avanço da extrema direita, o país, a maior economia da Europa, registre a perda de interesse dos mercados.

    AFP

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