A construção do porto temporário da Faixa de Gaza foi concluída, mas sua instalação não pôde ser realizada devido às condições meteorológicas, anunciou o Pentágono nesta terça-feira (7).
Diante da negativa de Israel de facilitar a entrada de ajuda por terra ao território palestino sitiado, mergulhado em uma catástrofe humanitária, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no começo de março a construção desta instalação, cujo custo chegará a cerca de 320 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão).
"No dia de hoje, a construção das duas partes" do cais "está finalizada", mas elas ainda precisam ser transportadas para sua localização final, disse aos jornalistas a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh.
"Hoje segue o prognóstico de ventos e ondulações fortes, o que está provocando condições inseguras para o traslado dos componentes do JLOTS", acrônimo para o porto artificial.
"Sendo assim, os segmentos do cais e os navios militares [...] seguem posicionados no porto de Ashdod", em Israel, disse Singh, acrescentando que o Exército está preparado para transladá-las "em um futuro próximo".
Quando o clima permitir, o porto será ancorado na costa de Gaza por soldados israelenses para evitar a presença de tropas americanas no terreno.
A ajuda humanitária chegará de barco através de uma plataforma flutuante em frente à costa de Gaza e depois será levada ao porto, de onde será transportada para o território em caminhões.
Uma porta-voz da Casa Branca disse na terça-feira que os Estados Unidos consideram "inaceitável" o fechamento por parte de Israel de dois importantes pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza: Rafah e Kerem Shalom.
"As passagens fronteiriças fechadas devem ser reabertas e é inaceitável que permaneçam fechadas", disse Karine Jean-Pierre, secretária de imprensa da Casa Branca, durante coletiva na qual informou esperar que a de Kerem Shalom seja reaberta na quarta-feira.