O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa na Casa Branca em Washington, DC, em 2 de maio de 2024
DREW ANGERER
O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa na Casa Branca em Washington, DC, em 2 de maio de 2024
Drew ANGERER

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (2) que "a ordem deve prevalecer", referindo-se pela primeira vez aos protestos estudantis contra a guerra em Gaza que agitam as universidades do país.

Em um discurso transmitido pela televisão a partir da Casa Branca, Biden declarou que o antissemitismo e outros discursos de ódio "não têm lugar" nos campi universitários.

O democrata de 81 anos, que tentará a reeleição em novembro, declarou que é necessário equilibrar o direito ao protesto pacífico com a necessidade de prevenir a violência.

Os Estados Unidos "não são um país autoritário que silencia as pessoas ou sufoca a diferença", afirmou Biden.

"Mas também não somos um país sem lei. Somos uma sociedade civilizada e a ordem deve prevalecer", acrescentou.

O presidente americano afirmou que não se pode permitir protestos que atrapalhem as aulas e as cerimônias de formatura de milhares de estudantes em todo o país.

Biden enfrenta críticas de diversas frentes políticas devido às manifestações, muitas das quais foram reprimidas pela polícia e levaram a inúmeras prisões nos últimos dias.

Representantes do Partido Republicano acusam sua postura branda diante dos protestos que, segundo eles, demonstram sentimentos antissemitas. Também é criticado pelos democratas por apoiar a campanha militar de Israel.

"Não deveria haver lugar em nenhum campus ou em qualquer lugar dos Estados Unidos para o antissemitismo ou ameaças de violência contra estudantes judeus (...) para o discurso de ódio ou em qualquer tipo de violência, seja a islamofobia ou a discriminação contra árabes-americanos ou palestinos-americanos", acrescentou o presidente.

"É simplesmente errado", concluiu.

Seus comentários chegam após o presidente israelense, Isaac Herzog, declarar que as universidades americanas estão contaminadas "pelo ódio e pelo antissemitismo".

Questionado se a Guarda Nacional deveria intervir para interromper os protestos, Biden respondeu que "Não".

O democrata também rejeitou que as manifestações mudariam sua política de apoio firme à ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza.

    AFP

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