(Arquivo) O responsável do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths
Jean-Guy Python
(Arquivo) O responsável do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths
Jean-Guy Python

O responsável do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths, disse, nesta terça-feira (30), que uma ofensiva terrestre israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, seria uma "tragédia indescritível".

"A verdade é que uma operação em Rafah não será nada menos que uma tragédia indescritível. Nenhum plano humanitário pode se contrapor a isso", disse Griffiths depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu lançar uma ofensiva sobre essa cidade, onde 1,5 milhão de palestinos estão refugiados.

Enquanto o Hamas analisava o plano de trégua proposto nas conversas no Egito com mediadores americanos, egípcios e cataris, Netanyahu prometeu atacar Rafah "com ou sem acordo".

Washington se uniu aos chamados de vários países e organizações humanitárias para que Israel se abstenha de atacar a cidade diante do temor de que isso resulte em um massacre de civis.

"Para as agências que lutam para oferecer ajuda humanitária apesar das hostilidades, das estradas intransitáveis, das munições sem detonar, da escassez de combustível, dos atrasos nos postos de controle e das restrições israelenses, uma invasão terrestre seria um golpe desastroso", disse Griffiths.

"Estamos em uma corrida para evitar a fome e a morte, e estamos perdendo", advertiu.

A guerra na Faixa de Gaza começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, no qual comandos do movimento islamista mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, e sequestraram por volta de 250, segundo uma estimativa da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas que já deixou 34.535 mortos, principalmente civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo movimento islamista desde 2007.

    AFP

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