O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, desembarcou nesta quarta-feira (24) na China para sua segunda visita em um ano ao país, com a missão de pressionar Pequim por seu apoio à Rússia, mas sem prejudicar o processo de estabilização nas relações bilaterais entre as potências.
O avião do secretário de Estado pousou em Xangai, capital financeira da China, onde Blinken terá uma agenda mais leve, com encontros com estudantes e empresários, antes de seguir para a capital Pequim, para reuniões na sexta-feira com autoridades do país.
Blinken deve pedir moderação da China a respeito de Taiwan, que se prepara para a posse em maio de um novo presidente, e apresentará as preocupações de Washington com as práticas comerciais chinesas, um tema crucial para o presidente Joe Biden em um ano eleitoral.
Ele também espera estabilizar as relações entre os dois países, que estão em um momento de baixa desde sua visita anterior, em junho, e a reunião entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping em novembro.
Na reunião da Califórnia em novembro, Xi concordou com vários pedidos americanos, incluindo a retomada dos contatos militares e o controle dos precursores químicos do fentanil, o analgésico potente que é responsável por uma epidemia de dependência nos Estados Unidos.
Um funcionário de alto escalão do governo americano comentou que Estados Unidos e China "estão em um momento diferente do ano passado, quando a relação bilateral estava em um ponto historicamente baixo".
"Também acreditamos, e demonstramos claramente, que a gestão responsável da concorrência não implica que vamos desistir de medidas para proteger os interesses nacionais dos Estados Unidos", disse.
Washington também questionou nas últimas semanas que Pequim tenha fornecido material e tecnologia industrial a Moscou, apesar de não ter fornecido ajuda militar.
Antes de viajar para a China, Blinken também insistiu nas denúncias de que Pequim é responsável por um "genocídio" contra a minoria uigur, predominantemente muçulmana, no oeste do país.