A Justiça britânica, que em fevereiro se recusou a conceder proteção policial sistemática ao príncipe Harry durante as suas visitas ao Reino Unido, rejeitou nesta segunda-feira (15) o recurso que apresentou contra essa decisão.
O príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, e a sua esposa, Meghan Markle, perderam o direito à proteção sistemática, com verba pública, quando visitarem o Reino Unido, depois de decidirem em 2020 encerrar suas funções públicas como parte da família real e se mudarem para a Califórnia, nos Estados Unidos.
Harry questionou a decisão das autoridades de não lhe conceder proteção, depois que determinaram que analisariam possíveis medidas de segurança em cada viagem que o príncipe fizesse.
No final de fevereiro, o Supremo Tribunal de Londres estabeleceu que esta decisão "não era irracional".
Um porta-voz do príncipe indicou na ocasião que Harry iria recorrer, considerando que não estava "reivindicando tratamento preferencial", mas simplesmente uma aplicação "justa e legal" das regras de proteção.
Mas o próprio Supremo Tribunal rejeitou este recurso do príncipe nesta segunda-feira, e o juiz confirmou que a decisão tinha razões "fundadas" para não conceder-lhe proteção sistemática. De qualquer forma, o príncipe ainda pode recorrer a um tribunal de apelações.
O magistrado também condenou Harry nesta segunda-feira a pagar 90% das despesas judiciais do Ministério do Interior neste caso.
A decisão de fevereiro representou a segunda derrota judicial do príncipe Harry nesta batalha para manter as medidas de segurança quando visitar o Reino Unido.
Em maio do ano passado, os tribunais negaram-lhe o direito de se beneficiar de proteção policial, apesar da sua intenção de pagá-la com o seu próprio dinheiro.
A última viagem do príncipe ao Reino Unido remonta a uma breve visita a Londres, em 6 de fevereiro, para ver o seu pai, o rei Charles III, um dia depois de ter anunciado que estava com câncer.
A questão da segurança é um assunto muito delicado para o príncipe Harry, que culpa a imprensa e os paparazzi pelo acidente fatal da sua mãe, a princesa Diana, em Paris, em 1997.
O duque de Sussex também iniciou vários processos judiciais contra os tabloides britânicos.
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