Fumaça após um bombardeio, retratado em 11 de abril de 2024, perto de Chasiv Yar, região de Donetsk, leste da Ucrânia
Anatolii STEPANOV
Fumaça após um bombardeio, retratado em 11 de abril de 2024, perto de Chasiv Yar, região de Donetsk, leste da Ucrânia
Anatolii STEPANOV

A situação na frente leste "piorou consideravelmente nos últimos dias", disse neste sábado (13) o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrsky, alertando para o avanço do Exército russo.

"Isto deve-se principalmente a uma intensificação significativa da ofensiva do inimigo após as eleições presidenciais na Rússia" em meados de março, escreveu ele no Telegram.

O militar acrescentou que "foram tomadas decisões para reforçar as áreas de defesa mais problemáticas" com medidas de defesa antiaérea.

O Exército russo ataca atualmente posições ucranianas na zona de Lyman, Bakhmut e Pokrovsk, no leste do país, com "grupos de assalto apoiados por veículos blindados", acrescentou.

O avanço de Moscou se explica, entre outras coisas, pelo "tempo quente e seco", que favorece o acesso dos tanques a essas áreas, explicou.

Neste mesmo sábado, o Ministério da Defesa russo anunciou que os seus soldados conseguiram tomar a localidade de Pervomaisk, a sudoeste da cidade de Avdiivka, conquistada em fevereiro passado.

Segundo o comandante ucraniano, as tropas de Moscou, apesar de terem sofrido algumas perdas, estão mobilizando "novas unidades blindadas" com as quais obtêm "sucessos táticos".

Nos últimos dias, os russos aumentaram a pressão em torno de Chasiv Yar, uma cidade na frente leste que está sob "fogo constante", segundo Kiev.

A cidade fica a menos de 30 km de Kramatorsk, um importante cruzamento ferroviário e logístico, e a principal cidade da região controlada pela Ucrânia.

"A questão da superioridade técnica do inimigo no campo das armas de alta tecnologia volta a se impor", disse Syrsky.

"Só assim seremos capazes de derrotar um inimigo maior", insistiu o comandante ucraniano, em uma exigência implícita de mais armas aos aliados ocidentais de Kiev. É também necessário "melhorar a qualidade da formação dos militares", observou.

A Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, pede há meses aos seus aliados ocidentais mais munições e sistemas de defesa antiaérea.

Mas o Congresso dos Estados Unidos, onde os republicanos são a maioria, tem bloqueado há meses a aprovação de um pacote de ajuda adicional de 60 bilhões de dólares.

    AFP

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