Mulheres foram libertadas com ajuda da interpol
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Mulheres foram libertadas com ajuda da interpol

Uma megaoperação policial libertou 162 mulheres sul-americanas, todas vítimas de uma rede internacional de exploração sexual que atuava na Espanha principalmente na Comunidade Valenciana, e em outras províncias como: Málaga, Murcia, Castellón, Barcelona e Tarragona.

As investigações, conduzidas ao longo de meses, revelaram um esquema bem estruturado que funcionava como um verdadeiro esquema criminoso. Os responsáveis recrutavam mulheres jovens e vulneráveis, muitas vezes em seus países de origem na América do Sul, prometendo empregos, estabilidade e oportunidades.

Chegando à Espanha, a realidade era outra: as vítimas eram colocadas em apartamentos superlotados e forçadas a se prostituir em locais como “centros de massagens”. Algumas dormiam no mesmo cômodo onde recebiam os “clientes”. Tinham horários rígidos, não podiam sair de casa por mais de duas horas por dia, e eram constantemente vigiadas por câmeras.

Durante a operação, foram presas 37 pessoas, entre elas os líderes do esquema e responsáveis por cobrar o dinheiro das vítimas, monitorá-las e até transportar drogas para os locais onde elas trabalhavam. Mais de 39 imóveis foram revistados, com apreensão de dinheiro em espécie, veículos de luxo e bloqueio de contas bancárias.

A estrutura da rede tinha uma hierarquia. No topo, casais ou familiares que controlavam os imóveis e as finanças. Abaixo, um outro núcleo cuidava do gerenciamento dos lucros.  Na base, estavam os encarregados diretos das vítimas — que por vezes também eram mulheres, em situação parecida ou que haviam “subido” na organização.

Para as autoridades espanholas, essa ação é uma das maiores dos últimos anos no combate ao tráfico humano e à exploração sexual. Só em 2024, quase 1.800 vítimas foram resgatadas em operações semelhantes no país, número que segue crescendo.

Agora, as mulheres resgatadas estão recebendo apoio psicológico, orientação jurídica e acolhimento social. A maioria não tinha residência legal na Espanha, o que as tornava ainda mais vulneráveis ao controle da rede.

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