
No dia 24 de dezembro de 2024 , uma confraternização de Natal em Torres, no Rio Grande do Sul, terminou em tragédia quando familiares ingeriram um bolo de Reis preparado por Deise Moura dos Anjos.
Pouco depois, surgiram sintomas de intoxicação que resultaram na morte de três delas: Maida Berenice Flores da Silva, Tatiana Denize Silva dos Santos e Neuza Tatiana Denize Silva dos Anjos. Outras três pessoas, incluindo Deise, sobreviveram.
INVESTIGAÇÃO
A investigação revelou que Deise havia pesquisado sobre "Acqua Toffana", um veneno usado por mulheres italianas no século XVII, e adquirido arsênio duas vezes, conforme rastros em seu celular.
A polícia confirmou a presença de arsênio no bolo. Além disso, Paulo Luiz, sogro de Deise, havia falecido em agosto de 2023 após comer comida preparada por ela. Na época, a morte foi atribuída a uma infecção alimentar, mas agora está sendo reinvestigada como possível homicídio.

O delegado Marcos Vinicius Veloso lidera o inquérito, que deve se concluir até fevereiro com 20 depoimentos e provas digitais. Deise respondia por triplo homicídio qualificado e tentativas de homicídio, crimes classificados como hediondos, sem direito a fiança ou indulto.
Especialistas destacam que o uso de veneno configura um crime insidioso e premeditado, agravando a situação legal da acusada.
SUICÍDIO
Na manhã do dia 13 de fevereiro de 2025 , Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar o bolo, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Segundo a delegada Karoline Calegari, agentes a encontraram enforcada com uma camiseta durante uma rotina de inspeção. Eles chegaram a prestar os primeiros socorros ao perceberem que Deise ainda estava viva, mas a suspeita não resistiu.
Ela deixou um desabafo escrito mencionando sua inocência e depressão, que está sob análise, segundo a Polícia Civil.