O presidente dos Estados Unidos , Joe Biden , anunciou no último domingo (1º) que concedeu perdão total e incondicional ao seu filho, Hunter Biden , que enfrentava acusações por crimes fiscais e posse de armas de fogo. A decisão, divulgada como um ato de clemência executiva, cobre qualquer crime federal cometido entre 2014 e 2024, período que inclui o mandato de Hunter no conselho da empresa de gás Burisma.
O perdão elimina a possibilidade de sentenças ou prisão, encerrando os processos judiciais em andamento. Essa medida contraria declarações anteriores do presidente, que havia prometido publicamente não interferir nos casos envolvendo Hunter. Em sua justificativa, Joe Biden afirmou que o filho foi alvo de "perseguição seletiva" e tratado de forma desigual em comparação a outros acusados de crimes semelhantes.
Os advogados de Hunter comunicaram formalmente a aceitação do perdão e solicitaram o arquivamento dos casos, com prejuízo para futuras ações. Audiências que estavam marcadas para este mês foram canceladas. A decisão também neutraliza quaisquer tentativas do presidente eleito, Donald Trump, de reverter o perdão após sua posse.
Hunter Biden vinha sendo investigado por negócios controversos no exterior, especialmente na Ucrânia, tema amplamente explorado por Trump durante sua campanha eleitoral. Além disso, enfrentava acusações relacionadas a omissões fiscais e porte irregular de armas.
A medida gerou reações diversas, com críticos questionando a quebra de promessa por parte de Joe Biden e aliados defendendo o ato como resposta a um suposto tratamento injusto dispensado ao filho do presidente.