Israel intensifica ataques aéreos em Beirute
Redação
Israel intensifica ataques aéreos em Beirute


Israel intensificou seus ataques a Beirute nesta quinta-feira (3), com bombardeios atingindo o centro da capital libanesa. Explosões também foram registradas nos subúrbios da cidade. Pelo menos seis pessoas morreram, e outras sete ficaram feridas .

Há duas semanas, os militares israelenses vêm atacando diversas áreas de Beirute, mas bombardeios em regiões centrais, como o ocorrido nesta quinta-feira, são raros. As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que estão realizando ataques direcionados ao Hezbollah , grupo extremista apoiado pelo Irã e inimigo histórico de Israel.

Segundo declarações oficiais, Israel afirmou que seus bombardeios não têm como alvo o Estado do Líbano, mas sim instalações específicas do Hezbollah no território libanês. Ainda assim, a situação gerou apreensão na comunidade internacional, especialmente após relatos de que Israel teria emitido ordens de retirada para os civis de Beirute durante a madrugada de quinta-feira. No entanto, testemunhas indicam que muitos moradores não receberam a informação a tempo devido ao horário do aviso.

Na quarta-feira (2), Israel registrou um dos dias mais sangrentos dentro do Líbano, com a morte de oito soldados em confrontos diretos com combatentes do Hezbollah. A expectativa global agora gira em torno da resposta israelense ao ataque iraniano. Na última terça-feira (1º), o Irã disparou cerca de 200 mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém, provocando grande destruição. Em resposta, Israel prometeu um contra-ataque "surpresa" e "preciso" para retaliar a investida iraniana.

Os Estados Unidos afirmaram que estão coordenando com Israel as próximas ações, mas não apoiam um ataque a instalações nucleares iranianas. O presidente Joe Biden declarou que exigiu que o contra-ataque israelense seja "proporcional", evitando uma escalada descontrolada do conflito.

Enquanto isso, o Líbano solicitou à ONU que outros países pressionem Israel para que cesse os bombardeios. Uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, apoiada pelos Estados Unidos e França, foi apresentada, mas não conseguiu avançar nas negociações. O governo libanês também alertou sobre o agravamento da crise humanitária no país, acusando Israel de mentir ao alegar que seus ataques são precisos e não atingem civis. O Líbano pediu ajuda financeira, citando o impacto devastador do conflito em sua população.

Diversos países, incluindo o Brasil, estão organizando a evacuação de seus cidadãos do Líbano. A Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda autorização para pousar em Beirute e resgatar brasileiros que estão presos em meio ao conflito.

Somente na quarta-feira, 46 pessoas foram mortas e 85 ficaram feridas no Líbano. Em duas semanas de intensos combates, as autoridades libanesas contabilizam mais de 1.000 mortos e 6.000 feridos, sendo a maioria mulheres e crianças.

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