Kamala foi irônica e agressiva em seu primeiro debate contra Donald Trump
AFP
Kamala foi irônica e agressiva em seu primeiro debate contra Donald Trump


No primeiro debate entre Donald Trump e Kamala Harris , realizado nesta terça-feira (11), os dois candidatos se enfrentaram em um embate marcado por trocas de acusações , abordando temas cruciais como economia, imigração, aborto e conflitos internacionais . O encontro, transmitido pela rede ABC na Filadélfia, foi o primeiro cara a cara entre os dois, e teve Kamala Harris adotando uma postura assertiva, forçando o adversário à defensiva.

Kamala, conhecida por sua experiência como ex-procuradora-geral, não hesitou em atacar a gestão de Trump, destacando falhas durante a pandemia e criticando o aumento do desemprego sob sua administração. A vice-presidente também enfatizou a importância de manter o direito ao aborto, afirmando que seu rival apoiaria um plano nacional para bani-lo, algo que Trump negou.

Trump, por sua vez, utilizou o debate para reforçar temas de sua base eleitoral, como a imigração, repetindo em diversos momentos que os EUA estariam sendo "invadidos por criminosos". Em meio a essas declarações, chegou a alegar que imigrantes estariam "comendo cachorros" de americanos, o que foi prontamente contestado pelos mediadores. Além disso, ele acusou Kamala de ser a responsável pelo aumento do número de imigrantes ilegais, visto que ela foi encarregada por Joe Biden de gerir essa política.

Ao discutir questões internacionais, Trump afirmou que, se estivesse no poder, o conflito entre Rússia e Ucrânia jamais teria começado, alegando que mantém boas relações tanto com Vladimir Putin quanto com Volodymyr Zelensky. Harris, por outro lado, defendeu a atuação do governo Biden na guerra, afirmando que, sem as ações do presidente, Putin teria tomado o controle da Europa.

O debate também abordou o polêmico tema da guerra em Gaza. Enquanto Kamala expressou apoio ao direito de defesa de Israel, também fez questão de salientar que "vidas inocentes demais foram perdidas" no conflito, defendendo um cessar-fogo e uma solução de dois Estados. Trump, mais enfático, afirmou que, sob sua liderança, a guerra não teria ocorrido.

Apesar das provocações, Harris focou sua estratégia em se desvincular da figura de Joe Biden, tentando se apresentar como uma nova opção de liderança para o país. "Eu não sou Biden, e certamente não sou Donald Trump", declarou, propondo uma agenda voltada para a classe média, ao contrário de seu adversário, que, segundo ela, governa "apenas para si mesmo".

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