Na noite desta quinta-feira (27), Donald Trump e Joe Biden se encontraram para o primeiro debate das eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos. Entre alguns temas polêmicos, os presidenciáveis falaram sobre aborto, estupro e a entrada de imigrantes no país.
No dia 13 de junho de 2024, a Suprema Corte dos Estados Unidos manteve o amplo acesso à pílula abortiva no país, negando a tentativa de médicos antiabortos de anular a aprovação da medicação pela agência sanitária americana.
Trump, ao ser questionado sobre a reformulação da pílula, afirmou que não irá cortá-la, e alegou que a culpa do "aumento no número de estupros" no país (e, consequentemente, o aborto) se deve ao presidente Joe Biden, que 'abriu as portas para os imigrantes entrarem nos Estados Unidos.
Joe Biden reforçou o seu apoio à lei federal do aborto, afirmando que o tema deve ser uma "conversa entre médico, mulher e Estado", e que "os políticos não podem tomar decisões sobre a saúde da mulher". O atual presidente do país alegou que tudo que for contrário a esse conceito é 'ridículo, e prometeu restaurar a lei caso seja eleito.
Trump retrucou e afirmou que o aborto tardio dá o direito às mulheres fazerem "o que quiser" em alguns estados do país, e que essa medida é extremamente radical.
Sobre as fronteiras, Donald Trump acrescentou sobre a "insegurança" vivida nos EUA, comparando com o seu antigo governo. "Tínhamos fronteira segura, ele (Biden) devia deixar como estava, mas decidiu abrir para pessoas que vieram de prisão, hospitais psiquiátricos, terroristas de todo o mundo. Elas estão vindo em bando. Éramos um país seguro, em todos os anos de minha presidência, a polícia me apoiou como presidente (desculpa falar isso). Agora temos a pior segurança. Nunca se viu nada como agora, as pessoas não param de morrer", disse o candidato à presidência.
Biden se defendeu, e alegou que os únicos terroristas que entraram no país foram da Al-Qaeda, durante o governo Trump. Ele também não negou que "nenhum outro terrorista tenha entrado no país após esse episódio", mas que "não abriu portas para ex-presidiários", afirmando que Trump é "mentiroso".
As regras dos debates para as eleições presidenciais de 2024 tiveram breves mudanças, e iniciaram mais de quatro meses antes da data de votação.