Alki David
Reprodução Grrek Times
Alki David

Um herdeiro de um setor da Coca-Cola foi condenado na segunda-feira (17) a desembolsar bilhões em danos morais a uma ex-funcionária que o acusou de agressão sexual. Um júri de Los Angeles decidiu por unanimidade que o bilionário grego Alki David terá que pagar à mulher, identificada como Jane Doe em seu processo, a quantia de US$ 900 milhões, aproximadamente R$ 4,8 bilhões, por assediá-la e estuprá-la ao longo de três anos.

Os abusos teria começado em fevereiro de 2016, quando a vítima trabalhava como modelo para várias empresas de David, incluindo a Hologram USA, que cria hologramas de celebridades falecidas.

"Os fatos deste caso são tão desprezíveis. Ele estuprou minha cliente enquanto estava sendo julgado em outro caso", disse o advogado Gary Dordick ao Los Angeles Times.

Segundo os advogados de Jane Doe, o escritório era "alarmantemente hostil", com uma sala conhecida como "A Sala do Estupro".

Inicialmente, ele tentou beijá-la durante uma viagem de trabalho em sua ilha privada na Grécia, mas ela o rejeitou e ele se desculpou, de acordo com a ação judicial.

Jane Doe foi demitida mais tarde naquele ano e não falou com ele novamente até 2018, quando ele a convidou para se juntar à equipe novamente como embaixadora de marca em sua empresa de fabricação de cannabis, Swiss-X.

Depois que ela aceitou o emprego, David a teria convidado para seu quarto de hotel, onde ela experimentou o que ele afirmava ser um produto de CBD, mas que a deixou se sentindo embriagada e desorientada.

O bilionário é acusado no processo de aproveitar-se da mulher incoerente, se masturbando na frente dela e a forçando a tocá-lo sexualmente.

Os abusos teriam se intensificado no ano seguinte, quando David alegadamente a estuprou durante uma reunião de negócios, segundo o LA Times. Na época, David estava sendo julgado por supostamente ter forçado seu quadril no rosto de sua funcionária, Mahim Khan.

Ele foi ordenado a pagar a ela US$ 58 milhões pelos abusos - marcando a terceira decisão contra ele naquele ano. Outros funcionários alegaram que David tentou forçar relações sexuais com eles ou os demitiu por se recusarem a ter relações sexuais com ele.

"A condenação monumental representa um triunfo significativo para a justiça e estabelece um precedente na luta contra o assédio sexual no local de trabalho", disse o advogado.

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