Catatônico
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Uma americana acordou após passar cerca de vinte anos em estado catatônico, manifestação clínica em que o paciente permanece em estado de absoluta rigidez imóvel.

Segundo o jornal "Washington Post", April Burrell tinha 21 anos e era estudante da Maryland Eastern Shore University quando sofreu um evento traumático, que não revelado. A partir daí, ele começou a ter alucinações e perder a consciência, até não conseguir realizar nenhuma tarefa sozinha e ficar em estado catatônico. 

Após anos sem melhorar, os médicos iniciaram uma grande investigação e descobriram que, além da esquizofrenia, ela também sofria de lúpus, uma doença que piorava sua saúde e atacava o cérebro.

A partir daí, ela passou a ser submetida a medicamentos e tratamentos de imunoterapia, que fizeram ela sair de seu estado catatônico. Para medir sua capacidade cognitiva, os médicos pediam que ela desenhasse um relógio. Primeiro, a paciente fazia apenas rabiscos sem sentido. Com o tempo, o objeto foi ganhando forma até ser reproduzido perfeitamente.

"Ela conheceu todos nós, lembrava-se de várias coisas de quando era criança", contou Guy Burrell, irmão de April.

De acordo com o médio Sander Markx, outros pacientes podem se beneficiar desse tratamento, apesar da pequena quantidade de pacientes cujo estado catatônico é causado por uma condição autoimune como o lúpus, que normalmente ataca outras áreas, como a pele e rins.

Após um rápido levantamento, só em Nova York já foram encontrados 200 pacientes em estado semelhante a April, e que agora podem ser tratados da mesma forma.

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