PF investiga governador do Acre, Gladson Cameli, suspeito de corrupção

Operação 'Ptolomeu III' realizou mandados de busca e apreensão em diversos estados e mira elite política do governo do Estado

PF apreende bens em operação contra lavagem de dinheiro que investiga governador do Acre, Gladson Cameli
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
PF apreende bens em operação contra lavagem de dinheiro que investiga governador do Acre, Gladson Cameli

A PF, PGR, Receita e CGU realizam mandados de busca e apresensão nos estados do Acre, Amazônia, Goiás, Piauí, Paraná, Roraima e Distrito Federal, nesta quinta-feira (9) em uma operação contra corrupção e lavagem de dinheiro na cúpula política governo do Acre.

A ação é uma nova fase da operação Ptolomeu , iniciada em 2021, investiga, o governador do Acre,  Gladson Cameli (PP), entre outras pessoas da vida pública. 

Cerca de 89 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A justiça determinou medidas cautelares a Gladson Cameli, que fica proibido de entrar em contato com outros alvos da investigação,  não pode sair do país e deve entregar o passaporte à Justiça em até 24 horas. 

Investigação da Família Cameli 

O pai de Gladson, Eladio Cameli e um irmão do governador, Cameli, também são alvos das investigações. 

A "Ptolomeu III" não divulgou nomes dos outros alvos investigados. Entretando, a ação autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) já determinou o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos investigados, bloqueio de contas bancárias, aeronaves, casas e apartamentos de luxo. Além do bloqueio dos itens de luxo, o STJ  suspendeu atividades  de 15 empresas investigadas.

Na primeira fase da operação, foram apreendidos mais de R$ 3 milhões em veículos, relógios, joias, celulares e dinheiro vivo (euro, dólar e real). Em 2021, Gladson Cameli, disse que estava com a consciência "tranquila. 

"Quem não deve, não teme. Não devo, não temo e quero que fique até o final, se tiver coisa errada vai para a rua [o servidor] e tem que prestar contas à sociedade, porque é dinheiro público", disse

A operação tramita em sigilo no STJ.

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