O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já disse publicamente que a decisão final sobre os nomes de liderança dos ministérios em seu governo será somente dele . A bancada do PT apresentou a Lula ontem (2), uma lista dos ministérios que futuro governo não pode 'entregar' aos aliados.
São pastas fundamentais para serem comandadas pelo próprio partido como a Fazenda, Casa Civil, Articulação Política, Desenvolvimento Social, gestora do Bolsa Família, Saúde e Educação.
O papel de Lula após sua eleição, seria distribuir de forma equilibrada pastas da gestão a integrantes das alianças formadas após o segundo turno.
A sigla separou os ministérios categorias de hierarquia de interesse do partido:
Articulação Política, Justiça, Fazenda e Casa Civil são pastas de especial interesse do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores. Orgãos de Estado como Itamaraty, Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União poderão ser destinados ao partidos da aliança.
Pastas importantes como Saúde e Educação estão entre as pastas importântes ao partido, porém devem ser administradas por legendas aliados, como parte do acordo de apoio à candidatura de Lula ao planalto. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, deve discutir na próxima semana as prioridades da sigla na Esplanada dos Ministérios.
Lula afirmou ontem que Gleisi se manterá na presidência do partido em 2023 e não deve assumir cargo ministerial e evitar que o partido perca o foco governamental em disputa interna caso a presidência do partido estivesse vaga. Lula deve avaliar 'o peso' e o tamanho das bancadas aliadas, como PCdoB, PSOL e Rede, na Câmara e no Senado.
O Ministério do Desenvolvimento Social , cobiçado por Simone Tebet (MDB), é um ponto dissonante dentro do partido, pois a pasta tem papel importante nas políticas sociais do PT.
A visibilidade que Tebet teria a frente dessa área é uma das razões que mais preocupam a executiva nacional ou seja, a entrega de ministérios que tem atrativos políticos e eleitorais ao controle de partidos aliados, pode trazer prejuízos ao partido nas futuras disputas eleitorais.
O PT teme que ao entregar a pasta que cuida da distribuição de benefícios como o Bolsa Família a Tebet. O partido quer evitar dar munição política a senadora do MDB na futura disputa presidencial de 2026.
A alternativa seria que Tebet comandasse a pasta do Meio Ambiente, também alvo de polêmica já que a senadora representa interesses do agro.
O PSD, de Gilberto Kassab, apresentou três nomes de confiança para liderança de alguma pasta na Esplanada do Ministérios, mas o partido ainda mantém as indicações em segredo, até que Lula avance nas nomeações.
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