Andrzej Duda conversou com líderes de países membros da Otan
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Andrzej Duda conversou com líderes de países membros da Otan

O presidente da Polônia e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram nesta quarta-feira que um  míssil de defesa aérea ucraniano provavelmente causou a explosão que matou duas pessoas em território polonês ontem.

Ambos acrescentaram que,  no entanto, que Kiev não é culpada pelas mortes por ter agido em autodefesa. 

"Não temos evidências no momento de que tenha sido um foguete lançado pelas forças russas.  No entanto, há muitas indicações de que foi um míssil usado pela defesa antimísseis da Ucrânia", disse Andrzej Duda a repórteres.

As forças russas lançaram uma série de ataques com mísseis na terça-feira na Ucrânia. O primeiros indícios sugerem esforços do lado ucraniano, para combater ataques russos e o que ocorreu foi um “infeliz acidente” na Polônia e não um ataque direto ao seu país. A Ucrânia solicita "acesso imediato" ao local, para averiguar a informação, mas esse movimento pode ser visto como uma ameaça por Moscou. 

A Ucrânia derrubou 70 de 100 mísseis lançados pela Rússia na véspera do incidente. Destroços de um desses contra-ataques atingiram prédio em Kiev, na capital. 

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse a aliados em Bruxelas que o incidente “provavelmente foi causado por um míssil de defesa aérea ucraniano disparado para defender o território ucraniano contra ataques de mísseis de cruzeiro russos”.

'Deixe-me ser claro, isso não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade final enquanto continua sua guerra ilegal contra a Ucrânia', disse ele.

Em mensagem pelo Twitter, o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, pediu "acesso imediato ao local do acidente para representantes de defesa e guardas de fronteira ucranianos, para exame conjunto do incidente".

"Estamos dispostos a entregar a prova do rastro russo que temos", escreveu ele.

O presidente Joe Biden que participa da cúpula do G20 na ilha indonésia de Bali, considerou "improvável" que o míssil tenha sido disparado da Rússia.

'Há informações preliminares que questionam isso. [...] Não quero dizer isso antes de concluirmos uma investigação, mas é improvável, dadas as linhas de trajetória, que tenha sido disparado da Rússia", disse.

Volodymyr Zelensky culpou a Rússia pela explosão, chamando o episódio de "escalada" de Moscou. A Rússia negou envolvimento, afirmando que não apontou nenhum míssil para a fronteira com a Polônia.

Com agências internacionais*

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