A indicação de Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda está na agenda de alguns integrantes da cúpula do PT, que atuam para convencer o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a nomeá-lo para a pasta.
O ministério da Fazenda é crucial na administração do governo Federal, porém o nome para o cargo ainda está sem definição. Durante a campanha presidencial, Lula deu algumas indiretas sobre o perfil para a vaga, indicando escolher um ministro com atuação política e capacidade de negociação com o Congresso Nacional, algo que Haddad não se enquadra.
Haddad é considerado um político sem vocação para encontrar consensos e mediar negociações que envolvem interesses divergentes.
Os senadores eleitos Wellington Dias (PI) e Camilo Santana (CE) também estão sendo sondados por aliados para uma possível gestão na pasta, porém a cúpula do partido não vê com bons olhos a escolha de um senador para o ministério, pois o PL é o partido com a maior bancada na casa e perder um 'líder' poderia acarretar em prejuízos nas articulações e votações de projetos importantes para o governo nos próximos anos.
Nomes cotados para o Ministério da Fazenda
O governador da Bahia, Rui Costa, é um dos nomes no pário por sua experiência em governamça do estado e pelo que a Bahia representou de importância na vitória de Lula contra Bolsoanaro.
Já o deputado federal Alexandre Padilha (PT-BA), desempenhou bom relacionamento com o mercado financeiro durante a corrida presidencial. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também é citado como uma alternativa com perfil político para gerir a pasta.
Cotados com perfil técnico
Dois nomes com perfil e formação ecocômica são cotados ao cargo. Henrique Meirelles é ex-presidente do Banco Central de Lula e se alinhado aos interesses do futuro governo, como tem defendido a busca por mais recursos no Orçamento de 2023.
Pérsio Arida, por outro lado, está mais alinha ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Arida foi convidado a participar da equipe de transição governamental, é um dos criadores do Plano Real e colaborou na formulação das propostas econômicas no plano de governo de Lula.
Como Lula já deixou claro que não concorrerá à reeleição daqui a quatro anos, o nome de Fernando Haddad tem um peso maior ao partido. Porém, o sucesso do ex-prefeito em uma possível candidatura à presidência da República vai depender de sua atuação como ministro.
Uma eventual crise sob seu comando na Fazenda, poderia acarretar em um prejuízo maior para o partido na disputa ao Planalto na escolha de um substituto para ocupar o lugar do líder petista no fim do seu próximo mandato.
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