Grupos já organizaram bloqueios antes da vitória de Lula pelo  Whatsapp e  Telegram
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Grupos já organizaram bloqueios antes da vitória de Lula pelo Whatsapp e Telegram

O volume de mensagens antidemocráticas em circulação em grupos de extrema-direita no Telegram e Whatsapp intensificou antes mesmo da realização do segundo turno de votação entre Lula e Bolsonaro, que não se reelegeu. 

O teor das conversas já anunciavam convocações a caminhoneiros na reta final do pleito. Algo parecido aconteceu em 2016, ano em que o Congresso aprovou o 'impeachment' de Dilma Rousseff por suposta 'Pedalada Fiscal' e em 2018, ano que marcou a primeira greve da categoria dos caminhoneiros, paralizando todo o país e sendo apoio decisivo para a eleição do atual mandatário Jair Messias Bolsonaro (PL). 

As convocações dizem que o Brasil não pode ser entregue nas mãos do comunismo e pedem que caminhoneiros se mobilizem. 

Um dos vídeos compartilhados no Telegram antes da votação do segundo turno mostra o empresário Emilio Dalçoquio, de Santa Catarina. Ele faz discurso em um bar em praia Brava, no município de Itajaí (SC).

"Não é eu, são vocês, o brasileiro. Pela primeira, o brasileiro está expondo: eu não aceito o comunismo. Vamos aguardar as próximas horas, e já vê quem tem caminhoneiro amigo, do agronegócio. Por enquanto, pacificamente. Agora vai ficar no coração de cada aceitar o Brasil ser comunista ou não. Eu não aceito." 

Dalçoquio é conhecido no setor de transporte e participou da greve dos caminhoneiros em 2018 apoiando Bolsonaro.  

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu logo após o resultado do segundo turno, uma série de ordens judiciais, determinando a remoção de grupos de  WhatsApp e Telegram criados nas útlimas horas após o resultado das urnas eletrônicas no segundo turno.

Os grupos contam com usuários que supostamente organizam e manifestações contra a vitória do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT), convocam bloqueios nas estradas  e pedem uso das Forças Armadas em 'golpe um militar'.

Grupos entitulados de Paralisação 1, 2, 3, Resistência Civil ou salas com assuntos relacionados à Ditadura Militar, ligados ao atual presidente, estão sendo bloqueados em razão das notificações judiciais do tribunal.

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