O presidente da China, Xi Jinping, afirmou neste domingo que a China já alcançou o "controle total" de Hong Kong, palco de grandes manifestações pró-democracia em 2019, e não descartou usar a força para "pacificar" Taiwan.
"Insistimos em lutar pela perspectiva de uma reunificação pacífica com a maior sinceridade e os melhores esforços, mas nunca prometeremos desistir do uso da força e reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias", afirmou o dirigente no discurso de abertura no 20º Congresso do Partido Comunista Chinês.
Ele aproveitou para criticar países que tentam interferir no problema. "Resolver a questão de Taiwan é assunto do próprio povo chinês, e cabe ao povo chinês decidir", disse ele, em crítica totalmente voltada as "forças externas".
Vale lembrar que a ilha é considerada uma província rebelde por Pequim e esteve recentemente no centro de uma tensão geopolítica, após a presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, visitar a região.
Após as declarações do líder chinês, Taiwan respondeu por meio de nota oficial. O gabinete presidencial da ilha disse que a região é um país soberano e independente.
"A posição de Taiwan é firme: não recuar na soberania nacional e não comprometer a democracia; um encontro no campo de batalha absolutamente não é uma opção para os dois lados", afirmou.
O 20º Congresso do Partido Comunista Chinês conta com os principais líderes políticos da China, em um encontro com duração de uma semana. Ele é realizado a cada 5 anos, desde 1949, quando o líder comunista Mao Tse Tung venceu a guerra civil e assumiu o poder.