A verba disponível do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres sofreu um corte de 90% durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o valor saiu de R$ 100,7 milhões, em 2020, para R$ 30,6 milhões no ano passado. Em 2022, sobraram apenas R$ 9,1 milhões, de acordo com os próprios dados da pasta.
Para 2023, a proposta orçamentária prevê R$ 17,2 milhões. Com as restrições de recursos na área é possível haver uma paralisação do serviço Ligue 180 —canal de denúncias de violência doméstica. A proposta prevê apenas R$ 3 milhões para a Central de Atendimento à Mulher.
Mesmo em meio aos cortes, Bolsonaro segue tentando reduzir a rejeição com o eleitorado feminino. De acordo com o último Datafolha, entre as mulheres, sua rejeição segue maior nominalmente, 56%, do que no geral.
Em materiais de campanha, por sua vez, o atual presidente promete que vai ampliar os recursos para enfrentar a violência contra mulheres, caso ele seja reeleito.