Contrário à vacinação contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou apoio ao podcaster americano Joe Rogan, apresentador do podcast The Joe Rogan Experience. O americano está no centro de uma polêmica com o Spotify e alguns artistas por disseminar informações falsas sobre a pandemia.
"Eu não sei o que Joe Rogan pensa sobre mim ou sobre o meu governo, mas isso não importa. Se a liberdade de expressão significa alguma coisa, isso quer dizer que as pessoas deveriam ser livres para dizer o que pensam, não importa se eles concordam ou discordam da gente. Fique firme! Abraços do Brasil", compartilhou o presidente no Twitter, em inglês, na noite desta quarta-feira (2).
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Na última semana, o Spotify retirou os trabalhos do músico Neil Young de seu catálogo para manter o podcast de Rogan, que hospeda com exclusividade. O músico havia dado um ultimato à empresa, ao exigir que ela excluísse suas músicas caso decidisse manter o programa que acusa de disseminar desinformação.
"Quero que vocês avisem o Spotify imediatamente hoje que quero todas as minhas músicas fora da plataforma deles... Eles podem ter Rogan ou Young. Não os dois", escreveu Young em uma carta publicada em seu site e endereçada também à sua gravadora, a Warner Music Group. Posteriormente, ele apagou a publicação, mas o Spotify fez sua escolha: o podcast de Rogan.
A medida teve repercussões negativas para a plataforma, que foi alvo de uma série de críticas e, segundo o jornal O Globo, perdeu US$ 2 bilhões em valor de mercado. Depois disso, a empresa anunciou que vai incluir links nos podcasts para direcionar os usuários para fontes de informação confiáveis , mas outros artistas decidiram apoiar Neil Young, como a cantora canadense Joni Mitchell .