Miss Universo em Israel resistiu à pressão de pessoas insatisfeitas
MENAHEM KAHANA / AFP
Miss Universo em Israel resistiu à pressão de pessoas insatisfeitas

Mulheres de 80 países com idade entre 18 e 28 anos competem hoje (12) no concurso, que recebeu inúmeros pedidos de cancelamento. É a primeira vez que o país do oriente médio recebe o evento, que chega em sua 70ª edição. Para o evento, é provável que se leve em conta a pandemia do coronavírus, e especialmente a emergência provocada pela variante ômicron.

Entre as participantes estão a Miss Marrocos, Kaouthar Benhalima, e a Miss Bahrein, Manar Nadeem Deyani, cujos países normalizaram as relações com Israel no ano passado.

O ministério sul-africano dos Esportes, Cultura e Artes já havia decidido não comparecer, devido às atrocidades cometidas por Israel contra os palestinos". Apesar destes apelos, Lalela Mswane viajou para o balneário do Mar Vermelho, onde se celebra a cerimônia. Organizações palestinas também pediram para as candidatas não participarem do evento.

Miss Marrocos, Kawtar Benhalima, em desfile no evento
MENAHEM KAHANA / AFP
Miss Marrocos, Kawtar Benhalima, em desfile no evento

Alguns grupos palestinos pediram para que as candidatas não participem do evento: "Aconselhamos a todas as participantes a se retirarem para evitar qualquer cumplicidade com o regime de apartheid de Israel e sua violação dos direitos humanos dos palestinos ", suplicaram.

A atual Miss Universo Andrea Meza, do México, opinou em entrevista à AFP em Jerusalém, que o concurso deveria ser realizado fora de questões políticas. "O Miss Universo não é um movimento nem político, nem religioso", declarou Meza.

Países como Indonésia e Malásia, que não têm relações diplomáticas com Israel, não enviaram candidatas e alegaram dificuldades ligadas à pandemia. Já os Emirados Árabes Unidos, apesar de ter normalizado relações com Israel, também não enviaram representantes "por problemas de cronograma" durante a seletiva nacional. 

As participantes chegaram a Israel no fim do mês de novembro e, desde então, vem sofrendo críticas em locais públicos e em mídias sociais por falta de sensibilidade cultural e religiosa.

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