O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender, na manhã deste sábado (11), o uso da hidroxicloroquina para o tratamento de Covid-19 e colocar em dúvida a eficácia da vacinação como forma de prevenção contra a doença. Sem provas ou comprovação médica, o chefe do Executivo levantou suspeitas de que o deputado federal Hélio Lopes estaria internado com embolia pulmonar por efeitos da vacina. E ainda citou supostos casos de trombose após a vacina.
"Nós disponibilizamos 400 milhões de doses de vacina. Compradas a partir do momento em que foram disponibilizadas. Mente descaradamente quem diz que o governo federal não comprou a vacina no ano passado. Nao tinha uma só dose a venda - disse: Eu tomei hidroxicloroquina e se me infectar novamente, tomo de novo. Quem já tomou vacina pode se reinfectar? Pode. O meu irmão Hélio Lopes está internado com embolia. Parece ser efeito da vacina. Vamos aguardar. Tem casos de trombose também."
Ele voltou a se posicionar contra o passaporte da vacinação e disse que "governadores autoritários" estão impondo medidas sanitárias para o controle da disseminação do vírus.
O presidente voltou a atacar os integrantes da CPI da Covid, senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). E disse que "nenhum país no mundo" combateu tão bem a pandemia como o Brasil.
"Mente descaradamente quem fala que o governo federal não comprou vacina. Quem comprou todas as vacinas foi o governo federal. Ninguém no mundo fez um combate tão efetivo da pandemia como nós. Ômicron já está no Brasil. É uma realidade."
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Em meio a um novo surto da doença na Europa e a transmissão de uma nova variante do vírus, Bolsonaro voltou a defender o direito das pessoas de não se vacinarem: "Nós nunca proibimos ninguém de tomar vacina. Agora, a liberdade acima de tudo".
Bolsonaro participou de uma cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha e entrega de espadas da turma Capitão-de-Fragata Luis Barroso Pereira, uma formatura de aspirantes da Marinha. O presidente estava acompanhado do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro e dos ministros Walter Braga Netto (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).