O ex-deputado federal por São Paulo, Milton Monti, anunciou sua desfiliação do PL , como reação à chegada do presidente Jair Bolsonaro à legenda , um dos pilares do centrão. Para ele, ao abrir as portas ao titular do Palácio do Planalto, o partido se mostra disposto a dar passos à direita.
"(O PL) vai tomar um rumo de um partido de extrema-direita. Não é questão pessoal com o presidente, mas a doutrina política que será adotada a partir de agora. Sem dúvidas o partido será um partido de extrema-direita. Minha posição política é outra. Sou uma pessoa de centro", afirmou Monti.
Antes do ex-parlamentar, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), já havia afirmado que estava de saída. Na ocasião, Ramos afirmou que "só há um extremo nesta eleição: Bolsonaro".
"Eu não estarei em um palanque, o de Bolsonaro. Onde eu estarei, o tempo irá dizer", disse o parlamentar.
O anúncio foi oficializado nesta terça-feira, quando Ramos recebeu autorização do PL para deixar a sigla. Na carta enviada ao deputado, Valdemar Costa Neto, presidente do partido, informou que não utilizará das ''prerrogativas'' que tratam da fidelidade partidária diante da saída de Ramos. Com isso, o deputado pode sair do PL sem ter o seu mandato cassado na Justiça Eleitoral por conta de infidelidade partidária.
O documento afirmava ainda que a permanência de Ramos se tornou ''insustentável'' diante das divergências políticas e que causaria ''constrangimento de natureza política para ambas as partes'', caso Ramos continuasse no partido.
Monti foi deputado federal entre 1999 e 2018 e pretende voltar à corrida eleitoral no próximo ano. Ele não definiu, porém, a qual sigla pretende se filiar. Antes do ex-parlamentar, o vice-presidente da Câmara, Marcos Ramos (AM), já havia afirmado que estava de saída.