O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse a aliados que pretende segurar a nomeação do ex-AGU (Advogado-Geral da União), André Mendonça, ao STF (Supremo Tribunal Federal) até 2023, informa a CNN Brasil.
Ontem, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse que a indicação é problema do Senado, e deve ser resolvido "Interna Corporis", ou seja, dentro do Legislativo.
A indicação de Mendonça para a vaga após aposentadoria de Marco Aurélio Mello completa 90 dias nesta quarta-feira (13). A intenção de Alcolumbre é fazer com que o próximo vencedor das eleições presidenciais indique outro postulante à Corte.
Segundo a reportagem da CNN, Alcolumbre estaria inspirado no caso de Merrick Garland, indicado a uma cadeira na Suprema Corte americana, em 2016, pelo então presidente Barack Obama, mas que teve o nome barrado pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell.
A indicação de Garland perdurou por 293 dias e expirou em 3 de janeiro de 2017, com o final da 114ª Legislatura do Congresso.
A aliados, Alcolumbre estaria dizendo, em tom de ironia, que se Bolsonaro é tão fã dos EUA, que siga o exemplo daquele país.