Lira evita falar em fraude, mas pede auditagem mais transparente das urnas

Presidente da Câmara afirmou que não tem elementos para dizer que já houve fraude nas eleições, mas cobrou Senado a analisar texto sobre impressão do voto

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Jair Bolsonaro e Arthur Lira


 O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que não tem elementos para dizer que já houve fraude nas eleições brasileiras, mas defendeu uma auditagem "mais transparente" das urnas eletrônicas. O presidente Jair Bolsonaro tem defendido a adoção de um mecanismo de impressão do voto, alegando que as urnas atuais não são auditáveis  — argumento rebatido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .

"Eu não tenho nenhum fato relevante que eu possa, eu, falar que houve fraude nas urnas eletrônicas. Eu não posso desconfiar do sistema em que eu fui eleito", disse Lira, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

"Então, na minha visão, também se não há problemas, não há por que nós não chegarmos numa situação de termos uma auditagem, seja lá de que maneira for, de forma mais transparente, para que não se tenha uma eleição, independente de quem seja eleito, contestada".

Uma proposta Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina a impressão do voto está sendo discutida em uma comissão especial da Câmara. A tendência, no entanto, é que o projeto não seja aprovado.

Na entrevista, Lira cobrou que o Senado analise uma proposta de mesmo teor aprovada na Câmara em 2015 e que está parada desde então.


"Porque se não votar uma que está lá desde 2015, não vai aprovar uma que vai aprovar em 2021. Nós estamos perdendo tempo, energia, muitas vezes gerando atritos entre instituições democráticas que são necessárias para o equilíbrio do Brasil de maneira que não trará benefício nenhum".