A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado (19) o fim da segunda epidemia de ebola na Guiné, país da África Ocidental que já havia sofrido com o vírus entre 2014 e 2016.
"Eu tenho a honra de declarar o fim [da epidemia] do ebola", disse um funcionário da OMS, Alfred Ki-Zerbo, durante uma cerimônia em Nzérékoré, onde a febre hemorrágica havia reaparecido no fim de janeiro.
Ao todo, foram identificados 16 casos confirmados e sete prováveis, sendo que 12 pessoas morreram. O baixo número se deve à experiência adquirida pela Guiné com a epidemia de 2014-2016, a pior desde a descoberta do vírus, em 1976.
Na ocasião, o ebola matou cerca de 11,3 mil pessoas na África Ocidental, sendo 4,8 mil na Libéria, 4 mil em Serra Leoa e 2,5 mil na Guiné. Para declarar o fim de uma epidemia de ebola, é preciso esperar 42 dias sem casos, o que corresponde a dois períodos de incubação do vírus.
O ebola provoca uma febre hemorrágica altamente contagiosa e letal, porém já existe uma vacina para combatê-lo. O imunizante está em uso na República Democrática do Congo, onde o vírus é endêmico, e na própria Guiné, que já recebeu 24 mil doses da OMS.
Cerca de 11 mil pessoas de alto risco já foram vacinadas no país, incluindo 2,8 mil profissionais da saúde.