Após o Brasil atingir a marca de 500 mil mortos em razão da pandemia, o grupo que reúne a maioria dos senadores da CPI da Covid prometeu que os culpados pagarão por seus erros. A nota é assinada por sete dos 11 integrantes titulares, entre eles o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o vice Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o relator Renan Calheiros (MDB-AL). Todos eles são críticos à política de enfrentamento à pandemia do governo do presidente Jair Bolsonaro. A nota, porém, não cita nomes.
"Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles se eternizam e, antes da justiça Divina, eles se encontrarão com a justiça dos homens", diz trecho da nota.
Os senadores dizem que a data é "dolorosamente trágica" e desejam "nossos mais profundos sentimentos". A nota também é assinada por mais quatro senadores titulares da comissão: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM) e Humberto Costa (PT-PE); por dois suplentes: Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE); e por uma senadora que, embora não seja membro da comissão, é presença frequente nas sessões: Eliziane Gama (Cidadania-MA).
"Temos consciência que nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos. Meio milhão de vidas que poderiam ter sido poupadas, com bom-senso, escolhas acertadas e respeito à ciência", diz o texto.