Escolher uma carreira pode ser incrivelmente desafiador e estressante para um jovem. Não é incomum que muitos se arrependam da faculdade escolhida, durante ou após a conclusão do curso. Com um mercado de trabalho em constante transformação e peculiaridades como a pandemia de coronavírus que, no contexto de 2020, mudou completamente paradigmas educacionais e pedagógicos para efeitos ainda imprevisíveis, assegurar-se de que faz a escolha certa para o seu futuro torna-se ainda mais importante .
Um instrumento poderoso nesse sentido é o teste vocacional, que deve ser aplicado mesmo para aqueles que já têm uma boa ideia do que querem fazer profissionalmente. O teste não aponta a profissão a seguir, mas a compatibilidade do perfil do testado com carreiras de áreas diferentes a partir de um mapeamento de características psicológicas e comportamentais..
Essa peneira tem método. É elaborado um questionário por profissionais da psicologia com o objetivo de revelar quais são os valores fundamentais, os traços marcantes da personalidade e o perfil de atividade mais adequado para o testado. “ A dúvida pode parecer para uns uma incompetência pessoal, mas na verdade é um momento de muita angustia ”, pontua Paula Francine Gimenez, coordenadora de Recursos Humanos do grupo Kroton, que controla, entre outras instituições educacionais, as Faculdades Anhanguera.
“ Há colégios que se preparam para explorar a vocação de seus alunos ao longo do ensino médio, mas essa ainda não é a prática dominante no Brasil ”, observa a pedagoga Maria de Fátima Arruelo , que durante muitos anos integrou o corpo de orientação educacional de escolas na rede privada de São Paulo.
Ela observa que é possível, e recomendável, procurar psicólogos para a execução desses testes, que também podem ser realizados com “razoável grau de assertividade” na internet. “É importante que a pessoa tenha consciência de que se trata de um direcionamento a partir da avaliação de seus gostos e aptidões, não há determinismos quando falamos de testes vocacionais”, explica Arruelo. “Ele (o teste) pode ser o início de um caminho para que a pessoa evite a tomar uma decisão menos refletida nesse processo e também possa diminuir a amplitude das áreas que se têm afinidades”, complementa Gimenez.
Vai dar match?
É importante se conhecer para saber se a profissão que parece fazer sentido agora fará daqui a cinco anos. “Deve-se ter em mente que eles (os testes vocacionais) não são capazes de medir a complexidade da natureza humana, os testes não conhecem seus medos, interesses, curiosidades, sonhos e ambições, dessa forma, ao fim de um teste vocacional, é ideal que seja considerado esses fatores somados as informações de mercado, por exemplo, as profissões de hoje serão as profissões do futuro? Tudo isso é importante!”, sacramenta Gimenez.
Pessoas com destreza física, boa expressão corporal, certa inquietude intelectual e aversão à rotina podem estar mais propensas às carreiras de ator, cirurgião, jornalista, fotógrafo, personal trainer ou publicitário. Não é incomum que uma carreira específica seja sugerida em perfis distintos.
A profissão de jornalista, por exemplo, também está no rol das indicadas para pessoas entusiasmadas pelas relações humanas e talento para o desenvolvimento intelectual e psicológico de outros. Outras profissões citadas para este perfil são artista plástico, educador, pedagogo, psiquiatra, tradutor e sociólogo.
Você viu?
Se a pessoa faz o tipo toda organizada, gosta de planejar as férias com antecedência e faz tudo por um like talvez seja mais feliz como administrador de empresas, juiz de direito, assistente social ou engenheiro.
Há, ainda, aqueles intuitivos e curiosos que acabam concentrando seus interesses nas áreas da ciência e tecnologia. O rol de profissões para esse perfil mescla estudos do passado, como a antropologia, física e pesquisas, com as chamadas “profissões do futuro” como criador de software, designer industrial e analista de sistemas.
Essas categorizações, lembra a coordenadora de RH do grupo Kroton, “são um conjunto de inferências sobre um indivíduo, baseados em pesquisas cientificas e testes psicométricos, que tem o objetivo de avaliar várias características de uma pessoa”.
“O mais importante é buscar uma conexão consigo mesmo”, exalta Arruelo. “Se não ficar satisfeito com o resultado de um teste, faça outro”, recomenda a especialista advertindo que é mais barato bancar essa investigação antes de entrar na faculdade do que virar estatística de evasão universitária.
Apoio concentrado
Muitas escolas podem não estar preparadas para dar vazão a essa angústia que toma os jovens, mas há uma plataforma que tem como objetivo ajustar essas expectativas. O Canal Conecta é um portal gratuito e exclusivo para alunos Kroton de vagas de emprego e estágio que utiliza inteligência artificial para analisar o currículo e as habilidades exigidas pela empresa para propor as vagas mais adequadas para o usuário ou estudante.
São mais de 400 mil vagas publicadas com um índice de contração de uma em cada três entrevistas. “Ele oferece aos nossos estudantes a oportunidade de realizar teste psicológico de avaliação personalidade, o Human Guide é uma excelente ferramenta para que se possa conhecer mais sobre as características de uma pessoa e as chances dela se dar bem em atividades específicas”, explica Gimenez que completa que são “mais de 30 mil empresas parcerias em todo o País”.