O último sábado (20) marcou o fim do primeiro mês de Joe Biden
no comando da maior potência mundial e já foi possível identificar qual será a principal diferença
de seu governo para o de Donald Trump
: a volta da política tradicional
.
De início, o democrata
acenou para a mudança de postura e confirmou, em seu discurso
de posse, que o fim da polarização
seria um dos seus ideais: "Vamos acabar com a recusa de democratas e republicanos de trabalhar junto
porque isso é uma escolha. Se podemos escolher não cooperar, podemos também escolher cooperar
."
Principais pautas democratas
Preocupação com o meio ambiente
, controle da pandemia
, promoção da diversidade social
e inclusão de imigrantes
. Essas são as principais bandeiras do governo que sucede Donald
Trump.
Sob um dos mais diversificados gabinetes americanos da história, Joe Biden anunciou que suas primeiras medidas seriam retornar ao Acordo de Paris - tratado que visa desacelerar o aquecimento global - e cancelar a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O líder democrata
, numa sequência de decretos, colocou a sua agenda em pauta. Derrubou a proibição militar de transgêneros
nas forças armadas
americanas, aumentou as admissões de imigrantes refugiados
no país e anunciou que os EUA
terão todas as doses necessárias
para vacinar
a população norte-americana disponíveis em julho
.
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Ponto em comum
As capas de jornais não mais destacam as falas do ex-presidente Donald Trump
. O novo presidente democrata segue numa empreitada de " revogar
" os principais ações trumpistas. Mas engana-se quem pensa que Trump
e Biden
são opostos. Há um ponto em que ambos convergem: a forte política externa
.
Desde o início de Joe Biden à frente da Casa Branca
, a relação entre EUA-China
não melhorou e continua tensa
. Sinal de que tanto republicanos
quanto democratas
enxergam o país oriental
como um adversário
econômico, político e ideológico.
E como fica a América Latina?
Os países latino-americanos
não se beneficiarão da mudança no comando estadunidense. Assim como no governo anterior, Biden tende a dar preferência ao NAFTA
- Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio entre EUA, México e Canadá - e ter uma distante relação
com o resto do continente.
Já o Brasil
e o Itamaraty
possuem um grande desafio nos próximos meses: criar boas relações diplomáticas
com Joe Biden
. Vale lembrar que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro
(sem partido) apoiou
declaradamente Donald Trump
nas eleições norte-americanas, questionou
a vitória de Biden e foi um dos últimos
chefes de estado a parabenizá-lo.