Na última quinta-feira (4), circulou pelas redes sociais um vídeo de funcionários de limpeza da Prefeitura da Cidade de São Paulo recolhendo objetos pessoais de moradores de rua. Agentes de segurança privada escoltavam o caminhão da expropriação no bairro da Liberdade, no centro da cidade.
A prefeitura, em nota, confirmou a ação e a justificou com o decreto nº 59.246/20, que prevê a posse de objetos por parte da população em situação de rua, mas os impede de deixá-los em via pública.
De acordo com a prefeitura, ela "já mantém redes de acolhimento e atendimento, que foram ampliadas durante a pandemia", mas "lamenta e repudia a exploração política e sensacionalista de um dos principais desafios sociais dos grandes centros urbanos".
A nota ainda afirma que "ao mesmo tempo em que oferece acolhimento e atendimento, a Prefeitura precisa manter o espaço público livre", e que de acordo com o decreto, "é vedada a retirada de pertences pessoais, como documentos, bolsas, mochilas, roupas, muletas e cadeiras de rodas".
A prefeitura não respondeu ao Portal iG se houve aviso prévio aos proprietários dos colchões e barracas antes de seu recolhimento.
Repercussão
O coordenador do Movimento dos trabalhadores sem teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL - SP) compartilhou o vídeo e criticou a atitude da prefeitura de Bruno Covas (PSDB - SP).