Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
Pablo Jacob/Agência O Globo
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto

Entusiasta do armamento da população brasileira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (11) que achou "pouco ainda" o crescimento recorde de 90% de novos registros de armas de fogo em 2020, em comparação com o ano anterior — o primeiro do seu governo.

Ele também afirmou que deve editar dois ou três novos decretos favoráveis aos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) ainda esta semana. E falou da expectativa de pautar um projeto enviado em 2019 à Câmara dos Deputados que facilita o porte de armas no país, após a eleição para a presidência da Casa.

As declarações ocorreram em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde. Um homem perguntou se iria sair algum decreto "dos CACs, alguma coisa assim" e Bolsonaro confirmou.

"Vai. Tem três decretos pra sair. Eu acho que sai essa semana. Dois ou três... Eu não posso ir além da lei. Vai facilitar mais coisa pra vocês aí", respondeu o presidente.

Em seguida, ele comentou o aumento na venda de armas. Dados da Polícia Federal mostram que o país fechou o ano passado com 179.771 novas armas registradas. Trata-se do maior patamar desde 2009, início da série histórica da PF. Em 2019, esse número foi 94.064, que já foi 84% maior que a do ano anterior.

"Nós batemos recorde ano passado, em relação a 2019, mais 90% em venda de armas. Tá pouco ainda, tem que aumentar mais. Porque o cidadão muito tempo foi desarmado", afirmou.

Quando o apoiador contou que é caminhoneiro e transporta cargas como cervejas e equipamentos eletrônicos, Bolsonaro disse que, se dependesse apenas da sua decisão, ele teria porte de arma "há muito tempo". E então falou da expectativa para a votação do seu projeto com um novo chefe na Câmara dos Deputados.

"Nós temos um projeto lá na Câmara. Mudando a mesa agora em fevereiro, de acordo com o novo presidente, porque ele que é dono da pauta, vamos ver se ele bota em votação. E daí vamos ver o que acontece. Vamos respeitar a opinião da maioria dos parlamentares", declarou Bolsonaro.

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