RIO - Pela primeira vez, os eleitores com deficiência visual vão poder ouvir os nomes dos candidatos a vereador e prefeito de suas cidades na urna na Eleições de 2020. Será usado um recurso de sintetização de voz, que transforma o texto em som e simula como se a máquina fosse uma pessoa lendo o conteúdo para outra. O recurso só será habilitado pelo mesário, que irá entregar fones de ouvido, necessários para garantir o sigilo do voto.
Mesmo habilitada, a urna não iniciará a votação de imediato. Ela permanece estática em uma tela com orientações sobre como votar. Enquanto a votação não for iniciada, o eleitor terá a possibilidade de fazer a regulagem do áudio, sendo permitido aumentar ou diminuir o volume. Além disso, a sintetização de voz também é capaz de informar o gênero do candidato escolhido. Ou seja, a urna “falará” que o eleitor está votando em um candidato ou em uma candidata, de acordo com o gênero do postulante que está recebendo o voto.
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A mudança adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aconteceu a partir de pesquisas e após o descarte das urnas mais antigas, dos modelos 2006 e 2008. Assim, adotou técnicas para implementar a sintetização de voz para o pleito deste ano.
Segundo o TSE, a tecnologia não gerou custos para o tribunal por ser baseada em software livre. Antes dessa mudança na Eleições de 2020, a urna emitia mensagens apenas gravadas que indicavam ao eleitor com esse tipo de deficiência o número digitado, o cargo para o qual estava votando e as instruções sobre as teclas “Confirma”, “Corrige” e “Branco”.