O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque realizado hoje a uma Universidade de Cabul, no Afeganistão .
"Dois combatentes do Estado Islâmico conseguiram lançar um ataque durante um (evento) organizado pelo governo afegão na Universidade de Cabul", confirmou em um comunicado divulgado pela sua agência de propaganda, Amaq, através do serviço de mensagens Telegram.
Fontes de segurança afegãs indicaram que "o balanço de mortos e feridos no ataque é de quase 80", entre os juízes, investigadores e segurança, enquanto segundo a Amaq "os dois combatentes morreram no confronto"
O governo afegão, por sua vez, indicou 22 mortos e 22 feridos. O porta-voz da polícia de Cabul, Ferdaws Faramerz, indicou à AFP que a maioria dos mortos eram estudantes. Além disso, apontou que foram três os terroristas. "Estiveram envolvidos três terroistas. Um deles detonou os explosivos que tinha consigo no início do ataque e dois foram abatidos pelas forças de segurança", declarou à agência France Presse o porta-voz do Ministério do Interior, Tariq Arian.
Os agressores escolheram a primeira hora da manhã, no turno de maior frequência, para entrar na universidade, quando, segundo o porta-voz do Ministério da Educação Superior, Hanif Farzan, cerca de 15 mil pessoas estavam no campus entre alunos, professores e outros funcionários.
Este não é o primeiro ataque a universidades no Afeganistão. Em outubro do ano passado, 23 estudantes, a maioria mulheres, ficaram feridos depois de uma bomba explodir numa sala de aula numa universidade na província de Ghazni, enquanto em agosto de 2016, 17 pessoas morreram e 45 ficaram feridas num ataque à Universidade Americana de Cabul.