O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Claudio de Mello Tavares, negou, nesta quinta-feira, um recurso do governo estadual para desativar o hospital de campanha do Maracanã, na Zona Norte do Rio. A unidade foi montada para atender pacientes com Covid-19. A decisão não vale para o hospital de campanha de São Gonçalo, na Região Metropolitana, que já começou a ser desmontado.
Em sua decisão, Mello Tavares citou a "falta de compromisso dos gestores "públicos com o número de leitos e também um constante aumento no nmúero de mortes causadas pela doença . "Afinal, o que se apresenta é que, lamentavelmente, chegou a ser alcançado em dado momento o patamar de 1.000 mortes/dia em todo o país, fato assustador a demonstrar que, conquanto as consequências da doença sejam imprevisíveis, há um constante acréscimo de número de infectados e óbitos.”
O desembargador também ressaltou que existe, hoje, um "persistente quadro de calamidade, que necessita ser prontamente combatido" e, ainda, que "a ausência de qualquer região do Estado do Rio de Janeiro com risco muito baixo de transmissão (bandeira verde)".
O secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, anunciou o fechamento dos hospitais de campanha do Rio no dia 29 de julho. Na ocasião, ele informou que primeiro seriam desativados as unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e de Nova Friburgo - que nunca que receberam pacientes. Em seguida seria a vez dos hospitais de São Gonçalo e do Maracanã, que permanece de pé, mas sem pacientes.
Na ocasião, Bousquet citou que a decisão de desativação dos hospitais de campanha foi tomada pois, após um pico da pandemia de coronavírus nas duas primeiras semanas de maio, foi observada uma curva descendente que, segundo ele, se mostrou confiável.