Manifestação contra o racismo homenageia George Floyd e Miguel; veja fotos
Manifestação ocorre na capital paulista de forma pacifica; defesa da democracia e críticas ao presidente estão presentes
Por Ludmila Pizarro e Weslley Galzo |
Um ato contra o racismo tomou o largo da Batata, em Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo na tarde deste domingo (7). Por volta de 14h30, a praça já estava cheia até a avenida Faria Lima.
Leia mais:
Em dia de protestos, Bolsonaro diz que Brasil "derrotou nazismo e fascismo"
Em entrevista, Moro compara Bolsonaro com PT e critica presidente
Manifestos pró-democracia: união entre adversários pode dar fim à polarização?
A manifestação pacífica acontece mesmo com a recomendação do governo do estado e da prefeitura em manter o isolamento social em função da pandemia de Covid-19.
Veja as fotos:
Você viu?
O ato foi organizado pela Movimento Negro Unificado (MNU) e contou com as torcidas organizadas Camisa 12 e Gaviões da Fiel do Corinthians e independente do São Paulo. Partidos políticos de esquerda como PCB e PCR também participam do ato, como também movimentos populares como o Emancipa.
Além da pauta antirracista, os manifestantes entoavam frases como "Marielle, presente"; "Sem justiça, sem paz"; "Democracia" e "Fora, Bolsonaro". Foram homenageados no ato o norte-americano assassinado por um policial, George Floyd , e os garotos Miguel, que caiu de um prédio , e João Pedro, morto por uma bala perdida .
Covid-19
Mesmo contrariando a recomendação de isolamento social, as pessoas no ato usavam máscaras . Médicos distribuíram álcool em gel para os manifestantes.
Os cuidados com as comunidades periféricas na pandemia também foi uma das pautas do ato. “Povo negro vivo agora significa teste massivo nas periferias, hospitais de campanha perto das nossas casas”, afirma a militante do movimento negro Juliana Santos.
"Mesmo estando no meio de uma pandemia, as atitudes do atual governo não deixam outra escolha para a classe trabalhadora, nem para o povo negro, que não seja estar na rua protestando", afirma o estudante Luan Menezes, 20.
"O presidente do Brasil começou dizendo que era uma gripezinha e hoje ele está encondendo o número de mortos. E mesmo estando na rua, nos expondo ao risco de nos contaminar e às nossas famílias que estão em casa, o povo negro está sempre em risco em qualquer momento em qualquer ocasião", acrescenta Luan.