Barroso já afirmou ser contrário a prorrogação de mandatos ou unificação das eleições, que segundo ele traria
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Barroso já afirmou ser contrário a prorrogação de mandatos ou unificação das eleições, que segundo ele traria "inferno gerencial" ao TSE

Prestes a assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou nesta sexta-feira que a realização das eleições com turnos de votação ou por horário prolongado são algumas das possibilidades estudadas.

Barroso assume a presidência da Corte eleitoral na segunda-feira e já conversou com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),  sobre possibilidade de adiar as eleições municipais deste ano para dezembro.

Barroso já afirmou ser contrário a prorrogação de mandatos ou unificação das eleições, que segundo ele traria "inferno gerencial" ao TSE. Em live realizada pelo jornal "Valor Econômico" na manhã de hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que uma das ideias é realizar as eleições deste ano em mais de um dia, mas o problema seria o custo adicional aos cofres públicos, estimado em cerca de R$ 180 milhões.

"Há um problema nisso, que é o custo, porque as eleições envolvem o custo da alimentação de todos os mesários e de um convênio que o TSE tem com as Forças Armadas para a segurança das eleições e das próprias urnas. Eu já pedi para fazer essa conta e nós gastaríamos em torno de R$180 milhões para dividirmos as eleições em dois dias. É muito dinheiro em um momento de crise fiscal e de muitas dificuldades que o país está enfrentando. Portanto, talvez fosse o caso de se substituir essa ideia por um alongamento do dia das eleições, em vez de irmos até às 17h, irmos talvez até às 20h", afirmou.

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O ministro disse ainda que, além da ideia de prorrogar o horário de votação, outra solução em análise é a votação por turnos. Neste caso, sanitaristas seriam ouvidos para determinar as divisões, como idosos votando mais cedo e mais jovens na hora do almoço, citou Barroso como exemplo.

O ministro também quer discutir no TSE a possibilidade que empresas possam fornecer máscaras e álcool gel para os mesários.

"Uma ideia que eu tenho e preciso discutir com a equipe técnica e com os outros ministros é que empresas privadas, por mera filantropia e sem nenhuma contrapartida, ajudem na distribuição de máscaras e álcool gel, em mecanismos de proteção, marcação dos espaços nas filas. Vai ser uma eleição verdadeiramente diferente", comentou.

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Adiamento

Ontem, Maia afirmou que o Congresso estuda novas datas para as eleições deste ano, entre meados de novembro e início de dezembro. Dias antes, Maia e Alcolumbre já tinham anunciado que um grupo de parlamentares seria montado a partir da semana que vem para discutir o adiamento sem prorrogar os mandatos de prefeitos e vereadores. Para que as eleições sejam adiadas, é necessária a aprovação de uma Emenda Constitucional.

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