A cloroquina é o medicamento mais citado quando se fala em tratamento da Covid-19, sendo inclusive assunto de muitas declarações de Bolsonaro. Com isso, o medicamento está sendo testado em 70 hospitais do Brasil , mas o Dr. Michael J. Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da Organização Mundial da Saúde, alerta para o fato de que a eficácia não está comprovada.
“Há uma coisa chamada de evidências in vitro, evidências feitas em laboratório de que um remédio pode funcionar. Então em vários casos feitos em laboratório chegaram a conclusão de que a cloriquina poderia ser efetiva, mas é uma outra coisa saber se isso vai funcionar bem também dentro do corpo humano, como vai ser absorvido, se só o vírus será atingido e não o corpo humano”, explicou na manhã desta segunda-feira (30) em coletiva de impresa.
O médico ainda citou os estudos que foram feitos, com o da França, mas deixou claro que as drogas agem de forma diferente em cada caso. "Os estudos acompanharam um grupo pequeno de pacientes, mas não foi feito um teste aleatório para saber o resultado em pacientes que estavam em diferentes estágios da doença, focaram mais sobre a duração da doença. E ficou claro que o tempo em hospital foi reduzido, mas ninguém falou em cura. Ninguém está falando de uma pílula mágica que vai resolver", afirmou Ryan.
O diretor executivo da OMS finalizou dizendo que é preciso descobrir qual é o efeito específico da droga antes de qualquer coisa.