A morte do advogado Mauricio Kazuhiro Suzuki, de 26 anos, sem estar no grupo de risco e com histórico de exercícios físicos ligou um alerta. Não só por causa das carcaterísticas citadas anteriormente, mas pelo caminho que o jovem percorreu até ser internado na UTI com quadro de síndrome respiratória grave.
Depois de dois dias com febre, que não baixava com remédio, Mauricio procurou atendimento no Hospital Cruz Azul, na região central de São Paulo. Sem que nenhum exame fosse feito, o jovem foi diagnosticado com gripe e recebeu indicação de tomar remédios para aliviar os sintomas. As informações são da Folha de S. Paulo.
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Os remédios prescritos pelo primeiro médico não surtiram efeito e no dia seguinte Mauricio foi em outro hospital, dessa vez o Santa Cruz. Dessa vez foi feito um exame de tomografia, que mostrou infecção forte, mas como o quadro não era grave, ele foi mandado de volta para casa com a indicação de voltar se os sintomas evoluissem.
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Quatro dias depois, o jovem voltou para o pronto-socorro do Santa Cruz. Dessa vez foi internado na UTI com quadro de síndrome respiratória grave. Ele morreu neste sábado (28).
O caminho percorrido por Maurício ligou o sinal de alerta: os hospitais de São Paulo, cidade com mais casos de coronavírus no Brasil, estão preparados para enfrentar a epidemia? Nas redes sociais muitos amigos e familiares do jovem se despediram e disseram frases como: "Não é só uma gripezinha", "Uma médica disse para ele que era uma refriado comum", "O nosso amigos era atleta, não tinha doenças pré-existentes e não fazia parte do grupo de risco, não é só uma gripezinha" e "Não imaginávamos que a COVID-19 fosse realmente capaz de superar sua saúde".
Tamy, prima de Maurício disse: "Continuem em casa cuidando da higiene e da saúde, seguindo os procedimentos que os especialistas aconselham. Por favor, sejam sensatos... Não queiram passar pelo que eu e minha família estamos passando".