Na quarta-feira, 15 de janeiro, Belo Horizonte sofreu a primeira grande chuva da temporada. Ruas alagadas, casas destruídas, bairros ilhados. Onde estava o prefeito da cidade, Alexandre Kalil? Num cassino, na Argentina.
Segundo fontes da capital mineira, destino frequente do ex-dirigente de futebol, mesmo em dias de trabalho. Kalil não estava de férias. Ele não passou o cargo para o vice-prefeito, Paulo Lamac. Estava de folga. Que ele mesmo se deu. O prefeito voltaria a Belo Horizonte apenas para assistir a segunda chuva que destruiria a cidade, no domingo seguinte.
Na hora de planejar a cidade pra chuva, o prefeito estava jogando. Jogou com o destino. E perdeu. A cidade perdeu. Segundo matéria da revista Veja, o prefeito de Belo Horizonte guardou em caixa 1 Bilhão de reais para obras, para serem gastos justamente no ano da eleição. Outra aposta arriscada.
Uma tática antiga na política. Deixar a melhor impressão no último momento. Mas a impressão que se vê na cidade mineira é exatamente oposta: a pior. Belo Horizonte vive o caos. E esse caos chegou, com as chuvas ontem na zona sul, área nobre da cidade.
Você viu?
Quando as águas destruíram a cidade pela primeira vez, o prefeito disse que era uma chuva que caía “a cada mil anos”. Não foram preciso mais mil anos. Poucos dias depois, a cidade sem manutenção estava alagada novamente. De quem era a culpa? Segundo o prefeito, “do céu”. Disse que Belo Horizonte sofreu um “furacão ou um terremoto”.
Há exatamente um ano, a cidade já tinha sofrido com as chuvas. Uma mãe e uma filha morreram numa avenida da zona norte. O prefeito disse que a culpa era dele. Prometeu obras para a semana seguinte. Nada foi feito e novas vidas foram perdidas.
Vídeos que rodam na internet mostram a rua da casa do prefeito destruída. Talvez, agora, ele veja a gravidade e gaste o dinheiro que se orgulhava de ter guardado para o ano da eleição.
Certamente foi um jogo de risco!