Witzel diz que despoluição do Guandu depende de verba obtida com leilão da Cedae

Ambientalista Mário Moscatelli, no entanto, critica a histórica demora do estado para fazer a despoluição resolver o problema

Foto: Nelson Perez / GovRJ
Segundo governador, investimentos só serão realizados após leilão de privatização

A despoluição no Rio Guandu , usado pela Cedae para a captação de água, passa, segundo o governador Wilson Witzel , por investimentos que só serão viabilizados após o leilão de privatização da Cedae. Um estudo divulgado pela UFRJ alerta para o risco de excesso de esgoto no Guandu, uma "ameaça real à segurança hídrica da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Witzel afirmou que o estado precisa angariar recursos que não tem no momento para solucionar o problema.

"Evidentemente que a questão de Guandu não se resolve sem investimentos que virão com o leilão da Cedae. Faremos uma nova apresentação, com detalhamento do leilão, no mês que vem", afirmou.

O ambientalista Mário Moscatelli critica a histórica demora do estado para iniciar a despoluição.

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"Desde 2008, a pauta do Rio Guandu já está colocada. Na ocasião, o então presidente da Cedae, Wagner Victer, anunciou um projeto com essa finalidade, mas não levou adiante. O governador deveria agir de imediato, levando o problema ao governo federal e pedindo ajuda ao Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Saúde. A condição de insalubridade pode propiciar condições para a afloração de cianobactérias tóxicas, o que torna a questão urgente."

Procurado, Victer rebateu a declaração de Moscatelli, dizendo que o mencionado projeto de 2008, quando presidia a Cedae, abordava outro tema.

"Não era referente à despoluição do Guandu nem relativo ao problema operacional ocorrido agora. O projeto tratava de desvio dos rios Poços e Queimados, não alterava a poluição no Guandu. Esse projeto não foi levado adiante pelo impedimento de órgãos ambientais, tendo em vista que poderia gerar inundações na Baixada em dias de grandes chuvas", disse.