Witzel diz que pediu apuração rigorosa da qualidade da água da Cedae
Coloração e odor de água distribuída pela Cedae é motivo de reclamação de mais de 1,5 milhão de pessoas do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense
O governador do Rio, Wilson Witzel disse na terça-feira (14), pelo Twitter, que determinou uma “apuração rigorosa tanto da qualidade da água quanto dos processos de gestão” da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Cedae). Para o governador, são “inadmissíveis os transtornos que a população vem sofrendo por causa do problema na água” fornecida pela companhia.
Witzel disse, também pelas redes sociais, que a empresa deve acelerar uma solução definitiva para aprimorar a qualidade da água e do tratamento de esgoto das cidades próximas aos mananciais. “O consumidor não pode ser prejudicado”.
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Mais de 1,5 milhão de pessoas de dezenas de bairros do município do Rio de Janeiro e de cidades da Baixada Fluminense reclamam há 11 dias da coloração e do odor da água distribuída pela Cedae, que vem do reservatório da companhia, no Guandu.
Com isso, a água mineral praticamente desapareceu das prateleiras dos supermercados do Rio, com a corrida dos moradores da cidade ao produto.
O governador está passando férias com a família em Orlando, nos EUA, desde o final do ano e somente hoje, dia do seu retorno ao Rio, se manifestou por meio da rede social.
Na terça-feira passada (7), a Cedae, por meio de nota, informou que técnicos da companhia detectaram a presença da substância geosmina em amostras de água. A geosmina é uma substância orgânica produzida por algas e que não representa risco à saúde dos consumidores e que a água fornecida pode ser consumida pela população.
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Na nota, a companhia informou que a substância altera o gosto e o cheiro da água. “O fenômeno natural e raro de aumento de algas em mananciais, em função de variações de temperatura, luminosidade e índice pluviométrico, causa o aumento da presença deste composto orgânico, levando a água a apresentar gosto e cheiro de terra. Casos semelhantes ocorreram no Rio de Janeiro 18 anos atrás; em São Paulo, em 2008, e em municípios dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Sul em 2018, por exemplo”, diz a nota.