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Edson Albertassi havia entrado com pedido de liberdade, que foi negado

STJ decidiu manter o ex-deputado Edson Albertassi na prisão arrow-options
Rafael Wallace/Alerj
STJ decidiu manter o ex-deputado Edson Albertassi na prisão


O presidente do Superior Tribunal de Justiça ( STJ ), ministro João Otávio de Noronha , negou o pedido de liberdade ao ex-deputado estadual do Rio Edson Albertassi . O político foi preso em novembro de 2017 na Operação Cadeia Velha , que investigou um esquema de corrupção na administração pública do estado fluminense.

Na decisão de Noronha , o ministro afirmou que não há justificativa para a liberdade do ex-deputado e que a prisão deve ser mantida pelo "grau de complexidade da organização criminosa investigada".

"O modus operandi e a relevante quantia em dinheiro movimentada denotam o grau de complexidade da organização criminosa investigada. Também os elementos ensejadores da medida prevista nos artigos 310 e 312 do Código de Processo Penal não se esvaem pelo simples fato do decurso de tempo ou pelo não exercício do mandato eletivo", explicou o ministro.

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Não colou

A defesa de Albertassi havia pedido o habeas corpus do ex-deputado sob a alegação de excesso de prazo da medida cautelar, que o mantém preso há dois anos e um mês — o equivalente a quase um sexto da pena a qual foi condenado. Outro argumento é de que Albertassi já não possuiria poder político e teve seus bens bloqueados pela Justiça, o que faria com que sua prisão preventiva não fosse necessária.

Pena

Em março de 2019, Albertassi foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e fazer parte de organização criminosa . Ele ainda fica inelegível por oito anos e está proibido de exercer cargos públicos. Em dezembro do ano passado, o político acabou sendo solto por um erro do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Em liberdade, Albertassi se entregou à Polícia Federal no dia seguinte.

O mérito do pedido de liberdade do ex-deputado ainda será julgado pela Quinta Turma do STJ, sob relatoria do desembargador Leopoldo de Arruda Raposo.