O Instituto Médico Legal (IML) paulista informou que os restos mortais encontrados nessa quarta-feira (9) pelas equipes de resgate que atuam nos escombros do edifício Wilton Paes, prédio que desabou na região central de São Paulo em 1º de maio, pertencem a três indivíduos.
De acordo com o Núcleo de Antropologia do IML, os exames nos ossos localizados pelos bombeiros apontaram preliminarmente "características compatíveis com as de um adulto e duas crianças, ainda sem definição de sexo e estatura". É possível que se trate de Selma Almeida da Silva e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender, de 9 anos, que estão entre as vítimas do desabamento do prédio .
Até o momento, apenas uma vítima da tragédia no Largo do Paissandú foi identificada. Trata-se de Ricardo Pinheiro, de 39 anos de idade, que morreu após retornar ao interior do edifício para tentar salvar os moradores. As equipes de buscas entraram nessa quinta-feira (10) no décimo dia de operação e ainda procuram por outras duas pessoas: Eva Barbosa Lima, de 42 anos, e Walmir Sousa Santos de 47 anos.
A Polícia Civil ouviu na tarde de ontem a tia de Arthur Hector de Paula, uma das pessoas que estava na lista de desaparecidos. A mulher informou que Arthur está vivo, morando com a família em Minas Gerais .
O Corpo de Bombeiros estima que os trabalhos de remoção dos escombros e buscas por vítimas devem se estender até o fim da semana que vem. As equipes atuam com o apoio de retroescavadeiras e cães farejadores. Cinco imóveis próximos ao edifício que desabou permanecem interditados pela Defesa Civil.
Auxílio-moradia
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os assistentes sociais cadastraram um total de 169 famílias após a tragédia do edifício Wilton Paes, mas apenas 56 famílias comprovaram que viviam na ocupação da antiga sede da Polícia Federal e receberão auxílio-moradia durante um ano, cujo valor será de R$ 1.200 no primeiro mês e de R$ 400 a partir do segundo.
Muitas das pessoas que ficaram desabrigadas após o incêndio e o desabamento do prédio passaram a noite na rua na região central da capital paulista . Em nota, a prefeitura afirmou que "a maioria das famílias originárias da ocupação foram acolhidas nos equipamentos oferecidos" pela administração municipal.
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