A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes uma autorização para interrogar Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL , partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A solicitação foi feita por parte do delegado Raphael Soares Astini da PF, e acontece após Valdemar tecer comentários sobre a minuta golpistas encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres.
Ao jornal O Globo, o líder do PL disse que documentos com teor similar circulavam entre interlocutores do governo Bolsonaro, e que ele próprio teria recebido documentos desse tipo, mas que os teria destruído.
"Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar", disse em entrevista.
O pedido do delegado foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal no âmbito do inquérito que investiga a suposta omissão de autoridades do Distrito Federal frente aos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
STF pede investigação contra Valdemar
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedido de abertura de um inquérito para investigar o presidente do Partido Liberal.
A Petição 10.949 faz referência a uma “possível prática de crime” previsto no Artigo 305 do Código Penal. O artigo prevê reclusão de até seis anos, além de multa, àquele que “destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor”.
Na petição assinada por Rosa Weber, é também requerida à PGR “a realização de diligência pela Polícia Federal, para que seja tomado depoimento do representado [Valdemar Costa Neto]”.
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