O deputado federal Sanderson (PL-SP) entrou nesta quinta-feira (25) com um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por chamar a destruição da ex-presidente Dilma Rousseff de ‘golpe’. Esse é o primeiro pedido de impeachment contra Lula e o documento já chegou na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), que deve optar pelo engavetamento.
Sanderson atribui crime de responsabilidade à Lula e ressalta que o processo que culminou no impeachment de Dilma foi legal e reconhecido pelo Judiciário. O parlamentar lembra que o termo ‘golpe’ se refere apenas aqueles que foram retirados de seus cargos fora das regras da Constituição.
“O atual presidente da República ataca de forma raivosa, abjeta e contraria a verdade, a democracia brasileira, o Congresso Nacional e também o Supremo Tribunal Federal. Trata-se de um discurso absolutamente mentiroso, falso em toda sua extensão, que não pode ser aceito por este Parlamento”, aponta o deputado.
Em sua viagem para o Uruguai, Lula tratou a saída de Dilma Rousseff (PT) e acusou o ex-presidente Michel Temer de articular o impeachment da petista. Além das falas, o site do Palácio do Planalto tratou a decisão dos congressistas como ‘golpe’.
Adversários pedem apuração
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por chamar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff de ‘golpe’. Para Kataguiri, a informação dada pelo petista é classificada como ‘fake news’.
Em seu pedido, o parlamentar afirmou que o impeachment de Dilma tramitou regularmente no Congresso Nacional e lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) chancelou a constitucionalidade do processo.
Já o PSDB entrou com pedido junto a Justiça Federal pedindo a retirada do termo "golpe" usado no site do Planalto. O partido tucano alega que definir o processo de deposição da petista como de caráter golpista fere a Constituição.